(Review 351) - Uma noite com Audrey Hepburn (Libby Lomax #1) - De repente, no último livro

16 de mayo de 2020

(Review 351) - Uma noite com Audrey Hepburn (Libby Lomax #1)

Título original: A night in with Audrey Hepburn
Autor: Lucy Holliday
Editora: HarperCollins  (Brasil) / Harper Collins (EUA) 
Páginas: 293
Série: Libby Lomax
           1. Uma noite com Audrey Hepburn (A night in with Audrey Hepburn) 
           2. Uma noite com Marilyn Monroe (A night in with Marilyn Monroe)
           3. Uma noite com Grace Kelly (A night in with Grace Kelly)
Ano de Publicação: 2015 (EUA) / 2016 (Brasil)
Gênero: Chick Lit Contemporâneo
Valoração: 
Goodreads / Amazon / Skoob / Saraiva / Cultura

A falta de novidades no amor e a aparentemente interminável maré de azar no trabalho fez com que a atriz Libby Lomax mergulhasse no mundo dos filmes clássicos, em que as eternas deusas do cinema oferecem muito mais glamour e romance do que na vida real. Escalada como extra de um seriado cult de ficção científica, Libby acabou de provar ser a antítese da feminilidade na frente de seus companheiros de set e do astro Dillon O´Hara, em um dia em que tudo, absolutamente tudo, deu errado. Seu único consolo é chegar em casa e desmaiar no sofá, acompanhada tão somente de uma certa bonequinha de luxo...Mal sabia ela, porém, que daquela vez tudo seria diferente. Subitamente, Audrey Hepburn em carne e osso aparece sentada ao seu lado, com vestidinho preto, óculos escuros e cigarrilha em punho! Entre um trago e outro, a atriz se torna amiga e confidente de Libby, aconselhando-a sobre tudo, de moda a amor. Mas, ainda assim, dar a volta por cima só depende de Libby - mesmo que com uma ajudinha da magia de Hollywood.
"Uma noite com Audrey Hepburn" é o primeiro livro de uma trilogia sobre a vida da atrapalhada Libby Lomax, em sua ascensão de perdedora total a VIP, sempre contando com a ajuda de algumas amigas muito especiais. Uma estréia hilária e romântica sobre a amizade entre garotas, para fãs de Sophie Kinsella e Helen Fielding. 



Uma noite com Audrey Hepburn  é a primeira parte de uma trilogia chick lit que nos traz como protagonista Libby Lomax, uma aspirante ao estrelato que desde a infância tenta a sorte no concorrido mundo do show biz e até agora só conseguiu papéis como figurante em produções que nem sempre lhe agradam.

Libby é divertida, desajeitada e complicada, e sua vida segue o ritmo de sua personalidade. Ela tem uma relação fria com o pai, a mãe parece apenas querer cobrar mais e mais dela já que além de mãe é também sua agente, e sua irmã Cass também age como uma princesa mimada, tratando Libby de maneiras que oscilam entre amor e ódio numa rapidez meteórica. Libby só pode contar mesmo com sua melhor amiga, Nora, que mora longe e com o irmão dela, Olly, que está pertinho e sempre disponível pra oferecer apoio e um ombro amigo. Olly faz uns lanches maravilhosos, adora culinária e tem um trailer que abastece elencos inteiros nos sets de produção.
Quando Libby coloca tudo a perder em seu emprego, ela comete a maior gafe também na frente do galã do momento, o Dillon O´Hara. De repente, Libby se vê humilhada, sem dinheiro e sem nenhuma expectativa até que algo estranho acontece em seu pequeno apartamento. A garota passa a receber uma visitinha de ninguém menos que Audrey Hepburn (ou seria o seu fantasma?) e, enquanto troca confidências com uma das maiores lendas da antiga Hollywood, Libby também vai receber conselhos que podem mudar sua vida, e porque não ainda lhe garantir um pouco de emoção e mais romance. Será que as valiosas dicas da incrível Hepburn realmente podem mudar a trajetória desastrosa de Libby, ou será que mesmo tentando Libby sempre vai terminar naufragando?

Minha opinião:

Quanto mais eu leio chick lit mais eu concluo o quanto esse gênero é difícil de se escrever. Existe a dose certa que conquista o leitor. Se o autor exagera demais em algo, a fórmula pode não funcionar e deixar a desejar.

Uma noite com Audrey Hepburn parte de uma premissa mega interessante. Eu fiquei louca pra conferir como a autora iria moldar a personalidade da Audrey, se ela seria mais ou menos fiel ao que foi a verdadeira estrela ou criaria um personagem diferente, inteiramente idealizado. Eu gostei da sutileza da Audrey, a personagem consegue transmitir ao leitor a doçura da antiga Bonequinha de Luxo. E embora não seja uma cópia fiel da personalidade de Ms. Hepburn, acredito que a personagem consegue cativar e divertir.

Vinilo Audrey Hepburn figura completa - TenViniloA protagonista Libby também estaria ótima se não fosse tão absurdamente azarada e desastrada. Ficou forçado. Porque absolutamente tudo tem que dar errado pra Libby ou resultar em algum vexame?? Tem momentos que poderiam ter sido divertidos se a autora não tivesse pesado a mão, transformando a personagem quase numa imbecil. Libby não consegue ler nas entrelinhas e nem enxergar detalhes óbvios, ela tem uma ingenuidade que soa fake porque é excessiva, e se envolve em situações que só alguém incrivelmente estúpido se envolveria. Eu gostei da Libby, é aquele personagem bonachão, de coração grande, mas acho que faltou equílibrio, faltou a personagem ter mais atitude, faltou agir como uma mulher de 29 anos e menos como uma menininha. É como se Libby estivesse o tempo ensaiando pra uma daquelas comédias absurdas, fica difícil visualizar Libby como alguém real. Aliás, Hepburn estava mais crível do que a desastrosa Libby...

Os dois galãs da vez, Dillan e Olly acabaram ficando em secundário. Olly tem bastante momentos, mas faltou conhecê-lo mais a fundo pra que eu pudesse sentir empatia por ele. Nesta primeira parte tem pouca informação sobre ele, e Olly parece só estar lá como complemento a Libby e suas trapalhadas. 
Dillan ficou bem caracterizado como a típica estrelinha que tem tudo mas queria ser reconhecido como mais do que é. Isso ficou bem explícito no personagem, mas ele ainda se revela um mistério também já que tem umas atitudes que fazem o leitor ora amar, ora detestar. 
No geral, os personagens foram bons, mas a autora pecou por excesso, transformando justamente a protagonista em um clichê ambulante, cuja vida se resume a passar vexames e incômodos.

A trama é bem divertida, se lê depressa, mas me desapontei em ver que a Audrey Hepburn não é tão importante quanto parecia. A autora desperdiçou a idéia em certo momento. Eu achava que Audrey seria uma ajuda, que estaria ao lado de Libby como um fantasminha, se intrometendo e opinando. Mas não! A autora preferiu mostrar Audrey obcecada com a máquina de Nespresso enquanto Libby vai só metendo os pés pelas mãos em cada capítulo. Achei meio decepcionante tudo isso. Esperava uma trama bem mais dinâmica e cativante também. Não deu pra sentir aquela vontade de abraçar as personagens como as vezes acontece em um bom chick lit. Não surgiu aquela torcida eufórica pela mocinha e nem sofri com ela em seus maus momentos. Na verdade, apesar de ter sido legal, a sensação geral foi de apatia. Eu li, achei bacaninha, mas não me marcou de nenhuma maneira.

Tem a segunda parte, Uma noite com Marilyn Monroe, que tem pinta de que será mais divertida, já que a personalidade de Marilyn é tão despojada, sexy e intrigante que só posso esperar que a autora explore mais a oportunidade em ter um personagem deste calibre. A trama também pode caminhar para umas reviravoltas esperadas e interessantes... torcendo muito pra isso...

Concluindo...

No geral, Uma noite com Audrey Hepburn  é aquele livro morninho, aconchegante, que diverte, mas não cativa profundamente. A escrita de Lucy Holliday é leve e engraçada, mas os excessos da trama e da personagem colocam a perder parte do potencial que a estória poderia ter tido. Ficou aquela sensação de que foi bom, mas poderia ter sido infinitamente melhor.


"Ela está olhando diretamente para mim, sem os óculos de sol. E eu me sinto meio esquisita, do nada. Porque - e isso vai soar certificadamente insano, preciso alertar - agora que posso ver os olhos dela, não tenho tanta certeza de que ela é uma lunática fugitiva, no fim das contas. Ou uma sósia profissional. Acho que, talvez... Bom que talvez ela seja Audrey Hepburn. "

Continua em:


Uma Noite com Marilyn Monroe

Lucy Holliday é uma autora britânica que estreeou na literatura com um poema de quatro linhas chamado "The Postman is very good", que ela terminou antes de completar seus 5 anos de idade. Ela curtiu tanto a experiência que desde então não parou mais de escrever. Sua personalidade vibrante fica manifesta em suas próprias obras, sempre divertidas e leves. 
Atualmente Lucy vive em Wimbledon, com seu marido e sua filha. 

Web Page Oficial: 

Twitter: Lucy Holliday 






Até a próxima, 


Ivy

11 comentarios:

  1. Oi, Ivy
    Fazia anos que eu coloquei esse livro na minha lista, mas fui perdendo a vontade de ler com o tempo. Não sou muito fã da Marilyn e nem da Audrey, e as referências não me chamavam tanta atenção. Vi outras resenhas semelhantes a sua sabe? Então isso só endossa meu pensamento hahahaha eu também acho que o fato de ter forçado as situações da protagonista deixa um tanto chato, principalmente porque as autoras querem mostrar que as protagonistas são engraçadas, mas se tudo de errado acontece com elas, fica chato e um tanto desnecessário, até cansativo. Mais um motivo pra eu não ler!
    Beijo
    https://www.capitulotreze.com.br/

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  2. Aaaa que saudades de ler livros em que a protagonista é incrivelmente divertida, e ainda mais quando a personagem é inspirada na Audrey... Fiquei com muita vontade de ler <3
    www.bloganyduarte.blogspot.com

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  3. Oi, Ivy como vai? Que bom que você tenha gostado do livro, muito embora tenha alguns pontos que tenham te desapontado durante a leitura. Eu nunca li nada dessa autora, pois não leio com frequência Chick Lit. Presumo que o livro iria me agradar parcialmente, pois me parece ser um livro bastante divertido. Ótima resenha. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  4. Hola.
    No conocía el libro y por el momento no creo que lo lea, tengo demasiados pendientes, pero gracias por la reseña.
    Por cierto, acabo de encontrar tu blog y me quedo por aquí. Te invito a pasarte por el mio.
    Nos leemos.

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  5. Eu também dei a mesma nota que a sua, mas acabei gostando mais do segundo livro
    Beijos
    Balaio de Babados

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  6. Sabe que eu nunca tinha pensasdo que chick lit tem que ser na MEDIDA?E TEM MESMO!
    Confesso que não sabia que tem continuação, mas as capas são bem bonitas
    Teve um outro livro que li que também pecou por exageros e isso é notável, deixa a gente desgostosa e não t~çao feliz com a leitura como deveria ficar, né???
    Vi que tem também com Grace Kelly - que capas apaixonantes!

    Adorei a sua resenha, acho que me arriscaria, só não agora, que to numa vibe de vampiro, mas para um futuro próximo? As ressalvas super valeram

    Beijocas da Pâm
    Blog Interrupted Dreamer

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  7. Olá, Ivy.
    Eu acabei de terminar um chick-lit que fiquei com essa mesma sensação. Foi bom, mas só. Por isso super concordei com seu comentário sobre ser dificil escrever o gênero. Tem que ser a medida exata para não passar do ponto. Não sei se é um livro que eu quero ler.

    Prefácio

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  8. Oi, Ivy!
    Sou apaixonada pelo gênero literário, mas tenho que concordar. A linha é muito tênue entre uma personagem divertida e engraçada e uma personagem totalmente estereotipada. Muitos autores acabam pecando pelo excesso, infelizmente :(
    E eu tinha achado a ideia tão legal! Audrey Hepburn é uma das minhas maiores inspirações, uma pena que a autora tenha desperdiçado a presença dela na história.

    Amei a resenha!

    Estante Bibliográfica

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  9. Oi Ivy, tudo bem?
    Concordo muito com você, chick-lit pode ser muuuito bom desde que o autor não exagere. Esse estereótipo de mocinha atrapalhada e que tudo dá errado me cansa, pra ser sincera. Parece que a mulher é só uma desajeitada que precisa de ajuda, sabe? Não gosto dessa representação. Acho que esse chick-lit vou acabar deixando passar mesmo. :(
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  10. lembro que no lançamento desse livro eu queria ler, fiquei curiosa em ver como fariam audrey mas não sei poq nao li e lendo sua resenha me desanimei total =/ não quero ler sobre um audrey secundaria e desastrada quero seu luxo e potência.

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  11. Oi, tudo bem? Já vi essa série por aí, mas não tive interesse, por não me interessar pelas pessoas famosas em questão. Geralmente, eu gosto muito do gênero, mas é como você disse, tem que saber dosar a mão. Mas, pelo que já li, as personagens principais são sempre bobinhas mesmo, o que acho que não é uma boa representação das mulheres em geral. Uma autora do gênero que amo e que sempre acertar é a Sophie Kinsella, fica de indicação pra você :) No começo, eu até fiquei tentada em conhecer o livro, mas depois, lendo sua opinião, mudei hehe. Até porque no momento tenho querido ler outros tipos de livros.

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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