(Review 283) - Talvez, um dia (Maybe #1) - De repente, no último livro

15 de mayo de 2019

(Review 283) - Talvez, um dia (Maybe #1)

Título original: Maybe Someday (USA) / Tal vez mañana (Espanha)
Autor: Colleen Hoover
Editora: Galera Record (Brasil) / Atria Books (USA) / Planeta (Espanha) 
Páginas: 368
Ano de Publicação: 2014 (EUA) / 2016 (Brasil)
Gênero: Romance Juvenil
Saga: Maybe
1. Um dia talvez (Maybe Something) 
2. Talvez não (Maybe Not)
3. Maybe Now
Valoração: 
Goodreads / Amazon / Skoob / Saraiva

Um dos livros mais comentados nos EUA, este é mais um sucesso arrebatador de Colleen Hoover, autora das séries Slammed e Hopeless. Sydney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex-melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia o apartamento... Tudo bem, até Sydney descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sydney encontra abrigo na casa de Ridge. Um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para compor e uma atração que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sydney precisa agora é se transformar numa traidora. 

Minha opinião:


Colleen Hoover é uma diva dos romances contemporâneos. Ela coleciona fãs, e seus livros estão sempre entre os mais vendidos do gênero. Colleen é uma das poucas autoras capazes de escrever sobre qualquer tema, e suas tramas quase nunca se repetem, porém, minha relação com a autora é de altos e baixos, com toda certeza. Há livros dela que me encantam, que poderia reler com toda a alegria e sei que ainda me emocionariam, como Hopeless, porém, há aqueles livros que apesar de colecionarem elogios não conseguem tocar meu coração, quer seja pelo excesso de drama em situações relativamente comuns, quer seja por conta do caráter duvidoso de seus personagens, e Talvez, um dia me fez torcer o nariz em parte por ambos os motivos.

Eu sou muito sensível com o tema traição. Vivi essa situação dentro da minha família, com meus próprios parentes e por conhecer à fundo e em primeira mão o sofrimento IMENSO que esse tipo de atitude traz, não posso e nem consigo ter estômago pra entender ou apoiar algo assim, não importa se retratado em uma história mais adulta/séria, ou em um romance juvenil. Existem certos temas que não deveriam ser romantizados por seus autores. Infelizmente, na literatura romântica encontramos com facilidade uma tendência em se romantizar/vitimizar/desculpar algo que é errado, que deveria ser inaceitável e passa a ser aceito simplesmente porque o autor decide justificar seus protagonistas com desculpas como "um sentimento irrefreável", "um desejo intenso" ou qualquer outro argumento infantil e absurdo, que só convence aqueles que nunca enfrentaram a dor de ser traído ou quem nunca teve que vivenciar essa situação de perto, confortando um ente querido que sofre por conta de uma traição. 
Quem ama respeita e ponto! Se você já foi traído, sabe que dói pra caramba, então deveria ser a última pessoa capaz de trair, certo? Pois afinal, você sabe o quanto isso machuca o próximo. E o que vi aqui foi uma total inversão de valores, onde em nome de um "sentimento intenso" tudo é justificado, tudo é lícito, tudo é normal, tudo é bom. 

Eu completamente odiei a protagonista dessa história, Sydney. No começo senti uma empatia enorme por ela, porque ela é traída pelo namorado e pela melhor amiga no dia de seu aniversário e caramba, eu queria abraçar aquela menina e dizer que tudo ficaria bem. 
Só que Colleen decide à partir daí criar uma bagunça e nos apresenta uma história onde Sydney vai viver com Ridge, um vizinho músico que tem uma namorada chamada Maggie, super bacana e doce, que não merece ser enganada, mas adivinhem só, a mesma Sydney que foi vítima e foi traída, passa a se tornar o carrasco, ao se apaixonar ela por Ridge, o namorado de Maggie.

A desculpa da autora pra justificar a relação entre Sydney e Ridge é a de que é bacana e é "lindo" o que eles fazem porque eles não estão literalmente se "pegando" sabe? Eles se sentem tão somente "atraídos" um pelo outro, e compartilham mensagens de amor, momentos íntimos e desejos insaciáveis um pelo outro, mas... só porque não rola beijo na boca, tá tudo certo e justificadíssimo, Sydney está corretissima em dar mole para o namorado de Maggie, e Ridge está correto porque afinal de contas "ele deseja Sydney, compartilha da maior intimidade com ela, mas nem chegou aos finalmentes", logo, vejam só que tio tão nobre! Achei mega hipócrita, porque traição não é simplesmente beijar ou não beijar. A mentira, a hipocrisia começa quando ambos sabem o que rola e se deixam levar, independente do resultado e o que machuca não é se "teve beijo na boca ou não" mas sim o fato de se ocultar algo e se alimentar um sentimento errado, deixando de assumir as consequências dos atos pra viver uma relação dupla, oculta, uma "amizade colorida" que parece inofensiva, mas não é! Não seria muito mais nobre assumir o que sente e deixar a outra parte, a parte traída, viver sua vida sem enganos?

O que eu achei ainda mais ridículo na história? É que Tori e Hunter, a melhor amiga e o ex namorado, são mostrados como vilões, os perversos que traíram a pobre Sydney, mas quando Sydney passa a agir de maneira quase parecida com relação a Ridge, a autora se esforça em querer desculpar a garota, tentando à todo custo retratar uma vítima de seu próprio coração errante. Vejamos bem: Tori é a periguete malvada que traiu a melhor amiga. Mas quando Sydney veste a mesma carapuça, ela é a pobre sofredora que se apaixonou pelo cara errado. Há um esforço enorme de Colleen Hoover pra fazer o leitor aceitar a relação de Sydney e Ridge que começa totalmente errada, e que ao final de tudo obviamente causará um tremendo sofrimento para as outras partes, por mais que a autora queira retratar uma nobreza fingida em seus personagens.

A narrativa de Colleen é boa, mas me cansa, cansou tanto que pulei páginas porque não aguentava mais. Achei a protagonista desleal e tremendamente hipócrita, e perdi as contas de quantas vezes parei de ler pra chamar Sydney de víbora (e outras palavrinhas ainda mais feias...).
Igualmente não conectei com Ridge. A autora se esforçou ainda mais em torná-lo um urso de pelúcia esbanjando fofura, mas como bem disse, traição pra mim não é romântico, não é um ato de amor e sim de egoísmo, e não deve e nem merece ser romantizada como algo épico ou nobre, porque não é! Ridge tinha mil e uma opções, incluindo ser maduro e sincero com Maggie, mas escolheu brincar de "Don Juan sofredor e heróico" enquanto ocultava da namorada o que fazia, sempre com o pensamento de que "não tem beijo na boca logo, não sou um cara mal, apenas um tio sincero trocando mensagens com uma outra tia por quem me sinto atraído" mas hey, só porque são só palavras e declarações de amor,s erá que isso não é trair? Ah tá né, a confiança quebrada, a falsidade da situação toda é o que então?

Não escutei a playlist, nem me interessei em ler o conto publicado após esta história, até porque nada me anima em querer seguir lendo algo sobre o universo destes personagens.

A única coisa boa aqui foram os secundários que literalmente salvam a leitura. O melhor amigo de Ridge, Warren é encantador. E Maggie, a namorada mais fofissima da literatura, também me encantou e se tornou uma das minhas favoritas, e por causa deles a leitura valeu em parte a pena, especialmente por Maggie que possuí uma história que deveria ter sido mais explorada, já que sua situação merecia bem mais destaque do que teve. Senti que no caso de Maggie, Colleen Hoover perdeu a oportunidade de aproveitar uma história tremenda, que poderia trazer uma trama paralela que desse mais fôlego e emoção (verdadeira) ao livro.

No mais, a autora pegou uma situação que poderia ser resolvida de maneira super simples e transformou num dramalhão mexicano de proporções épicas. Ridge tinha namorada e se apaixonou pela Sydney, a garota que não queria que nada disso acontecesse porque ela é "super nobre", mas quando tudo aconteceu foi a primeira a se jogar de paraquedas porque "não se pode negar o que o coração sente", então, meu caro Ridge, era só ser homem com H maiúsculo e ter uma conversa séria com a namorada, sendo decente o suficiente pra assumir os sentimentos. Mas Colleen Hoover fez um tremendo drama, daqueles que dão tantas voltas que como leitora fiquei até perdida, sem entender o porquê de tanto choro. Não sei se é típico da autora fazer dos limões uma limonada daquelas bem fortes ou se foi com esse livro que ela decidiu abusar do drama pra justificar as atitudes de seus protagonistas, mas fato é que não gostei nadinha, cansou e irritou de um jeito que só não larguei porque era pra leitura coletiva, senão provavelmente teria abandonado.

Concluindo...

Pode ser que romances não sejam pra mim. Eu não tenho estômago pra muitos dramas, e a maneira como certos valores podem se inverter (ao ponto do errado se tornar certo e vice versa) em algumas histórias me provoca uma revolta daquelas que querer queimar o livro (ainda bem que li em ebook né?), mas seja como for já percebi que tem temas que melhor evitar, porque causam um impacto negativo na gente, que tem muito a ver com nossas próprias experiências pessoais de vida. Portanto, nunca, jamais direi pra você não ler esse livro, até porque pode ser que a tua experiência, teu momento e humor sejam bem diferentes dos meus e que este livro tenha outro efeito/impacto em cada leitor. Porém, no meu caso, torno a repetir que Talvez, um dia é um livro que li e que não conseguiu deixar nenhuma marca positiva, se tornando facilmente uma das minhas maiores decepções do ano.


"O que ocorreu entre nós não foi porque somos fracos. Ridge não me passou a mão no rosto primeiro e na nuca depois só porque estava justo perto de mim e com vontade de ficar com alguém. Não colou seu corpo junto ao meu porque me considere atraente e soubesse que seria agradável. Não encostou seus lábios nos meus porque goste de beijar e estivesse seguro de que ninguém nos descubriría. Por mais que ambos tentássemos resistir, todas essas coisas aconteceram entre nós porque o que sentimos um pelo outro está se tornando mais forte que o desejo. É fácil lutar contra o desejo, até porque a única arma que o desejo possuí é a atração. Mas não é tão fácil quando se tenta ganhar a guerra contra o coração".


Colleen Hoover nasceu 11 de dezembro de 1979, em Sulphur Springs, Texas. Ela cresceu em Saltillo, Texas, e formou-se a partir de Saltillo High School, em 1998. Em 2000, ela se casou com Heath Hoover, com quem ela já tem três filhos e um porco chamado Sailor. Colleen se formou na Texas A&M University-Commerce com uma licenciatura em Serviço Social. Ela trabalhou com vários projetos de ação social e de ensino, até começar sua carreira como escritora.

Web Page Oficial: https://www.colleenhoover.com/

Twitter: Colleen Hoover




Nos lemos, 


Alice

16 comentarios:

  1. Oi Alice! Eu achei o elemento traição muito incomodo e não achei nada aceitável. Gosto dos livros da autora, mas este casal não me fez torcer pelo romance. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  2. Oi Alice, tudo bem? Acho que já comentei por aqui que ainda não li nada dessa autora e tenho vontade.
    Já vi algumas resenhas sobre essa história, mas todas elogiando a atitude da protagonista. Mesmo me questionando, pois ela fez o mesmo, não discutir porque não li a história. No entanto, sua resenha mostrou exatamente o que pensei quando vi a opinião das pessoas. Eu já fui traída (amorosamente, profissionalmente) e é horrível a sensação. Nunca faria com ninguém o que fizeram comigo, por isso não vejo sentido essa atitude da personagem. Mas enfim, ainda quero dar uma chance para algum titulo da autora <3

    Sai da Minha Lente

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  3. Olá tudo bem? Preciso confessar que nunca li nada da autora, eu comecei um Cinderela e não consegui concluir, não saberia ao certo o que ler primeiro dela, gostei da resenha sincera e direta, beijos!

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  4. Oi Lice!!
    Então mana, eu li um livro dela, e assim, eu acho que essa autora é superestimada porque eu não acho que ela trate com tanta leveza os temas dos quais ela escreve, como eu vejo muita gente falando. Eu não sou muito fã dela, mas o unico livro que li dela foi bem legal, mas não pretendo ler outros.

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  5. Oi Alice,

    Poxa que pena que você não gostou da história. Esse livro é um dos meus queridinhos dela. ( E Já Um Caso Perdido não me agradou tanto rsrs. Tivemos um caso ao contrário)
    Eu acho que é um tema delicado e realmente não vai agradar a todos, assim como o livro Tarde Demais dela.
    Mas eu confesso que sou fã da Colleen no geral rs.

    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
    Conheça o Instagram

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  6. Oi Alice,
    Você praticamente descreveu minhas sensações lendo O Noivo da Melhor Amiga da Emily Giffin. Romantização de traição me incomoda por demais. Talvez bem mais nova isso não me incomodasse, mas quando é algo que acontece perto e a gente vê como afeta mentalmente pessoas próximas, não tem como passar pano e tals.
    Eu até desejo conhecer a escrita da autora, mas toda vez que leio resenhas dela pelos blogs, sempre encontro algo que me causa ranço kkkkkk

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  7. Oi, Alice!

    Olha, palmas pra sua resenha! Eu particularmente sou muito fã da Colleen, nunca tinha tido problema com os livros dela, até começar a ler Tarde Demais. Ela tem um dom maravilhoso de escrever sobre temas problemáticos, e consegue retratá-los de uma forma que nos impacta e emociona bastante, mas agora que estou um pouco afastada das leituras dos livros dela, consigo ver muitos relacionamentos romantizados de maneira errada. O que ela quer dizer com as obras dela é que o amor muitas vezes pode ser complicado, e até aí ok! Porém, se formos analisar com calma.. O lado mais feio do amor (meu livro favorito dela, aliás) trata de um relacionamento abusivo com justificativas que se eu lesse hoje, eu não engoliria; Tarde demais começa com uma clara cena de estupro, e é tão forte que eu não consegui continuar a leitura, nem qualquer outro livro dela; e Um dia talvez é a maior hipocrisia possível! Qualquer um sabe que traição é algo péssimo, e quem passa por isso, que sente a dor de ser traído por alguém que ama, JAMAIS deveria fazer o mesmo com outra pessoa. E é realmente um absurdo ver a aproximação deles. Se gostam, morrem de desejo um pelo outro, mas respeitam o relacionamento dele com a namorada. GENTE!! Porque continua o namoro então? Porque tem pena, por isso e aquilo? Não existe motivo! Se você tem vontade de estar com alguém que não é seu namorado/a, então termina, porque aí não existe amor! E esse papo que "é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo" pra mim é lorota! Colleen só gerando conflitos HAHAH adoro a escrita dela e me sinto mega envolvida com as história, mas vamos torcer para ela parar de romantizar coisas do estilo

    xx Carol
    https://caverna-literaria.blogspot.com/

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  8. Oi, Alice

    Eu amo a CoHO e este livro esta entre os poucos que eu ainda não li. Também tenho um sério problema com romantização de traição, e acho que é até mesmo por isso que postergo tanto a leitura de Talvez Um Dia. Só de ler sua resenha ( como li em outras) posso enxergar o tamanho da hipocrisia da protagonista. A CoHo arrasa, mas realmente vez ou outra ela escorrega feio, e não é por eu ser fã dela que vou negar isto.

    Beijo
    - Tami
    Blog Meu Epílogo | Instagram | Facebook

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  9. Oi, Alice
    Eu não sou muito fã de traição também, mas eu amei demais esse livro KKKK Foi o primeiro que eu li da autora e eu simplesmente adorei, não tenho o que dizer. Acho que a CoHo tem muitos livros bons e ruins, mas depende muito da opinião do leitor, por isso é sempre bom ler mais dela pra tirar uma conclusão se gostamos ou não da autora.
    Beijo!

    http://www.capitulotreze.com.br/

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  11. Oi Alice!
    Eu entendo total sua opinião! Nunca passei por uma traição, mas concordo q é preciso menos romantização sobre o assunto da parte dos autores.
    Da CoHo eu só li Métrica (q adorei), e tenho esse livro Talvez um dia, Um caso perdido e Novembro 9 (ainda n li nenhum dos 3). Veremos se serão boas leituras pra mim, rs
    Bjs
    A Colecionadora de Histórias - Blog

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  12. Oi Alice, te entendo, porque traição sempre me incomoda um pouco quando encontro nos livros. Admiro tua sinceridade na resenha, que alias, ficou muito boa.
    Eu quero ler algum livro da autora este ano, já que nunca li nada dela, mas ainda não decidi qual vai ser.
    Bjos
    Vivi
    Blog Duas Livreiras

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  13. Oi, ainda não li nada da autora e acho que não começaria por esse, ele divide mesmo a opinião dos leitores por tocar no tema da traição. Gostei de conferir sua opinião sincera sobre a obra.

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  14. Olá, tudo bem? Poxa que pena que Talvez Um Dia não foi uma obra marcante para você. Para mim é uma das melhores obras da autora, justamente por mexer nos valores que a sociedade impõe e nos fazer pensar um pouco sobre. Sendo assim, sou suspeita para falar da obra. Mesmo assim, ótima resenha trazendo sua voz sobre a obra.
    Beijos,
    https://diariasleituras.blogspot.com

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  15. Essa foi a unica obra da autora que ainda não li e concordo totalmente contigo, torço DEMAIS o nariz para traições principalmente em obras literárias, quase sempre tudo parece ser tão facil de esquecer, quando na verdade não é, uma pena.

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  16. Finalmente alguém que leu o livro e não curtiu, que foi o meu caso, ganho muitos livros de presente e na maioria das vezes, panfletários, como é o caso desse, geralmente os livros panfletários tende a tratar temas sérios com futilidade para agradar o neoliberalismo, por isso são panfletários também, fiquei profundamente incomodada com esse livro.

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