(Review 381) - The Shadow Glass (The Bone Witch #3) - Rin Chupeco - De repente, no último livro

24 de agosto de 2020

(Review 381) - The Shadow Glass (The Bone Witch #3) - Rin Chupeco

Título original: The Shadow Glass
Autor: Rin Chupeco
Editora: Sourcebooks Fire (EUA) 
Páginas: 449
Ano de Publicação: 2019 (EUA) 
Gênero: Fantasia Juvenil
Saga: The Bone Witch
1. The Bone Witch 
2. The Heart Forger 
3. The Shadowglass 
Valoração: 
Goodreads / Amazon / Skoob


"No aguardado final da trilogia The Bone Witch, a vida de Tea - e o destino dos reinos  - está em jogo.


Tea é uma bruxa de ossos com a magia de despertar e reviver os mortos. Ela usou essa magia para dar vida àqueles que amou e perdeu... e àqueles que se juntariam a seu exército contra a enganosa realeza.  Mas a busca de Tea para conjurar um vidro de sombras - para alcançar a imortalidade para a pessoa que ela mais ama no mundo - ameaça consumir seu coração.


O vidro do coração preto de Tea só fica mais escuro a cada nova traição. E quando ela fica com sangue novo nas mãos, Tea deve responder à um poder maior que a asha anciã ou até mesmo sua consciência."

The Shadow Glass  é a terceira e última parte da trilogia The Bone Witch, uma trilogia de fantasia juvenil que, com cada livro, foi se tornando para mim ainda mais majestosa e envolvente e que, com certeza, figurará na minha lista de séries do ano.


The Shadow Glass retoma exatamente do ponto em que terminou a segunda parte, The Heart Forger. Tea Pavhali, a bruxa de ossos, segue firme em sua vingança contra os que a machucaram. Ela tem o apoio de seu amado (cujo nome não dá para revelar por motivos de spoiler) e, exalando poder e muita determinação, ela usa seus daeva, monstros renascidos pela necromante, para levar o caos aos que a traíram.


No meio disso ela precisa lutar também por seu irmão, Fox, que por razões impossíveis acabou se voltando contra Tea. Há um traidor em Kion e a bruxa de ossos está disposta a desmascarar toda essa conspiração. Poderá Tea salvar aos seus e a si mesma da destruição, ou será que ela sucumbirá à Escuridão que reivindica cada vez mais seu ser?


Minha opinião:


Não dá para falar muito mais dessa trama incrível sem soltar montes de spoilers. Rin Chupeco começou lá na primeira parte, The Bone Witch, a tecer uma estória cheia de magia, de pontas soltas que vão se entralaçando de maneira incrível e de personagens marcantes, que vão envolvendo e cativando a gente com cada página lida.


Ler essa trilogia foi uma experiência única, mágica e reconfortante. The Bone Witch Trilogy tem tudo o que podemos esperar de uma trama perfeita. A ambientação, esplendidamente baseada na cultura asiática, especialmente a cultura filipina, desponta e brilha na saga em cada momento. Os reinos criados por Rin Chupeco, as particularidades e cultura de cada um, tudo é tão ricamente descrito! Aliás nesta terceira parte podemos conhecer mais dos misteriosos reinos que fazem parte do universo de The Bone Witch e terminei profundamente empolgada com tudo o que a autora apresentou. Rin foi perfeita nas descrições de cada detalhe, na caracterização de cada reino, e conseguiu trazer realismo na ambientação que se propôs a retratar.


Os personagens da trilogia ganharam meu coração completamente. A protagonista, Tea Phavali é tão valente, geniosa e perspicaz, eu adorei acompanhar sua narrativa, conhecer seus sentimentos, viver com ela cada golpe do destino que a garota teve de enfrentar. A evolução de Tea (e de cada personagem) foi tão profunda e completa!


Apesar de ter amado Tea, é impossível não ter como favorito o Kalen, personagem masculino de grande relevância na trilogia. Kalen foi crescendo pouco a pouco no meu conceito e se tornou um personagem grandioso, arrebatador. Kalen é, hoje, meu personagem masculino favorito em livros. Ele é tão altruísta, intenso, eu adorei a construção desse personagem. Assim como Khalad, o forjador de corações que foi me ganhando, foi crescendo e alcançando uma relevância absurda. Todos os personagens masculinos aliás são incríveis de acompanhar. 


Os vilões dessa trilogia são surpreendentes também. Como a trama toda é cercada por mistério e misticismo, os vilões se revelam aos poucos, em cada livro da trilogia vamos testemunhando Tea enfrentar um vilão diferente, mas na parte final, todas as escolhas e motivações de cada um se entrelaçam, formando uma trama única, rica e imperdível.


A narrativa de Rin Chupeco é poética demais, tocante em certos momentos e extremamente contundente. Rin Chupeco sabe contar uma estória, expor seus detalhes, revelar seus segredos, mantendo o leitor sempre em expectativa.

O romance é um dos melhores que já li. Aliás, todos os romances deste livro foram extremamente bem feitos, escritos com uma delicadeza e uma sensibilidade que fazem a gente querer guardar cada um dos momentos em um potinho, para ficar lembrando. Eu vibrei com o romance do casal principal e eu virava as páginas eufórica por mais cenas deste casal junto, eu chorei nas últimas páginas e foi duro me despedir deste casal maravilhoso. Eu me apeguei à tudo isso, porque foi tudo muito intenso e vívido para mim, como leitora.


E para quem busca um livro cheio de representatividade, The Shadow Glass não poderia ser mais do que recomendado. Temos uma personagem plus-size, a protagonista é tipicamente asiática, temos um casal de meninos, um casal de meninas, diversidade é o que não falta na trilogia.


Um dos pontos mais bonitos foi ver o desabrochar do relacionamento de Tea e de seu irmão ressuscitado, Fox. A relação entre eles é tão cheia de cumplicidade e afeto verdadeiro, foi uma representação bem tocante de irmãos que se amam verdadeiramente. É um dos destaques do livro e foi construída lindamente.


Rin Chupeco soube transportar o leitor para esse universo rico e diverso que ela criou. E soube finalizar com maestria sua trama. O final não poderia ter sido mais coerente e mais perfeito do que foi, e o ritmo se manteve intenso até o fim de suas páginas. Temos traições, temos perdas, lutas, batalhas... a jornada da protagonista não foi nada fácil, mas foi maravilhoso poder acompanhar sua evolução e maturidade.


Concluindo...


Em resumo, The Shadow Glass  encerra com chave de ouro uma trilogia que começou despretensiosa, até mesmo com um ritmo mais lento e aos poucos foi se revelando uma tremenda obra prima, repleta de criatividade, magia e personagens carismáticos que ganharam meu coração.

"Uma vida pela qual vale a pena viver é uma vida pela qual vale a pena morrer."

"Você não pode honrar o passado se não souber o que é esse passado. Prefiro conhecer a verdade a vier em felicidade ignorante, mesmo que ela destrua tudo em que acredito." 

Erin "Rin" Chupeco nasceu em Manilla, nas Filipinas. Ela tem descendência chinesa, filipina e tailandesa. Quando criança, Rin era viciada em estórias de fantasmas e achava uma absoluta injustiça nos contos japoneses quando o personagem masculino sempre se dava bem enquanto as personagens femininas terminavam mal. Ela adorava também os livros de Edgar Alan Poe, Stephen King, Peter Straub, Christopher Pike e Shirley Jackson. Ela trabalhou como designer gráfico e blogueira de turismo e viagens antes de se tornar autora de livros juvenis em tempo integral. Seu primeiro livro foi "The girl from the will". Atualmente, Rin Chupeco é casada e vive em Manilla com seu marido e seus dois filhos. 

Web Page Oficial: https://www.rinchupeco.com/

Twitter: Rin Chupeco




Até a próxima, 


Ivy

3 comentarios:

  1. Hey Ivy!

    Eu confesso que não conhecia esse livro, mas achei a premissa interessante e também por trazer diversidade ao mesmo tempo que traz uma historia bem escrita e fechar bem a trilogia é outro ponto! Que legal!

    Beijocas da Pâm
    Blog Interrupted Dreamer

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  2. Oi Ivy,

    Fico feliz que a trilogia fechou com chave de ouro para você, tão bom encontrar livros assim! Ás vezes é muito difícil né...
    Acho linda as capas, mas no momento eu não leria!

    Beijos Mila

    Daily of Books Mila

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  3. Olá, Ivy.
    Só me resta sentar e chorar porque não tem em português hehe. Estou acompanhando as resenhas dessa trilogia e desde o começo me interessei pela história. As capas são maravilhosas e o enredo me chama muito a atenção. Sem falar nos seus comentários que só em deixa mais curiosa. Mas fazer o que, tomara que lancem por aqui um dia hehe. Parabéns pela resenha.

    Prefácio

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