12 de agosto de 2019
(Review 308) - El silencio de la ciudad blanca (La trilogia de la ciudad blanca)
Autor: Eva García Sáenz de Urturi
Editora: Planeta (Espanha)
Editora: Planeta (Espanha)
Páginas: 433
Ano de Publicação: 2016 (Espanha)
Ano de Publicação: 2016 (Espanha)
Gênero: Policial / Intriga / Thriller
Saga: La trilogia de la Ciudad Blanca
1. El Silencio de la ciudad blanca ✔
2. Los ritos del agua
3. Los Señores del tiempo
2. Los ritos del agua
3. Los Señores del tiempo
Valoração: ★★★★★
Goodreads / Amazon / Skoob / Saraiva
Após 20 anos dentro da prisão, Tasio, um brilhante arqueólogo conhecido como o serial killer de assustadores crimes que assolaram a cidade espanhola de Vitoria, está a ponto de sair da prisão em sua primeira saída temporária. Justamente nesse momento, os crimes voltam a ocorrer: um novo casal de vinte anos de idade é encontrado assassinados e nus, com abelhas na garganta, dentro da histórica Catedral Vieja de Vitoria. Dias depois, outro casal, de vinte e cinco anos é encontrado assassinado nos mesmos moldes, dentro da Casa del Cordón, um importante edifício medieval. O jovem inspetor Unai López de Ayala - conhecido como Kraken -, é especialista em perfis criminais e está obcecado em evitar outros crimes antes que eles sejam consumados, já que uma tragédia pessoal, ainda fresca em sua memória, não o permite encarar o caso como um caso qualquer. Seus métodos pouco tradiconais enervam sua chefe, Alba, a comisário com quem mantém uma relação profissional tensa durante o dia, e uma intensa atração durante a noite, cada vez que os dois se encontram fazendo running pelas ruas solitárias de Vitoria. Uma história de mistério intrincada, que apresenta as lendas e a mitologia de Álava, a arqueologia, os segredos de família e muita investigação criminal. Um suspense noir elegante e complexo que demonstra como os erros do passado ainda podem influir no presente.
El Silencio de la ciudad blanca é o primeiro de uma trilogia escrita pela autora espanhola Eva García Sáenz de Urturi.
A trama, ambientada na cidade de Vitoria, capital do estado de Álava, na Espanha apresenta ao leitor um caso intrincado, uma sucessão de crimes bizarros cometidas em um espaço temporal de 20 anos. Em duas décadas, o agora inspetor Unai Ayala, conhecido pelo apelido de Kraken, esteve fascinado e chocado com o misterioso serial killer que aterrorizou a cidade. Conhecido por matar sempre dois casais, o psicopata iniciou sua rede de crimes assassinando dois bebês recém nascidos, e os abandonando em um lugar público e histórico da cidade. Logo depois vieram as vítimas de cinco anos de idade, depois as de dez anos de idade, as de quinze anos e por fim, as de vinte anos. Então, os assassinatos pararam. Tasio Ortíz de Zárate, um brilhante arqueólogo que estava no auge de sua carreira foi acusado dos crimes. Seu próprio irmão gêmeo, o então policial Ignacio Ortíz de Zárate, encontrou as provas que conduziram até Tasio e foi ele mesmo que deu a voz de prisão ao irmão.
Agora, Tasio sairá em alguns dias em liberdade condicional e a noticia não poderia estar sendo mais comentada, todos querem saber como está Tasio depois de vinte anos, querem acompanhar passo a passo seu possível reeencontro com o irmão que o delatou.
Porém, justamente agora os crimes voltaram a acontecer, da mesma maneira que cometidos há vinte anos. O assassino está matando casais aleatórios, de vinte e cinco anos, trinta, trinta e cinco anos, dando continuidade àquele ritual bizarro de décadas atrás e o inspetor Ayala só pode crer que há um imitador à solta, alguém perigoso, obsessivo e cruel.
Com a ajuda do próprio Tasio, o inspetor Ayala tentará caçar esse criminoso cuidadoso e perspicaz e, enquanto os crimes continuam acontecendo, Ayala só poderá torcer para que antes do seu aniversário de 40 anos ele consiga prender esse psicopata, antes que também ele se torne um alvo.
Eu comecei a ler esse livro esperando uma coisa e encontrando outra. Para ser bem sincera, não sei porquê havia me convencido de que este era um suspense histórico, ambientado nos anos 30 ou 40. Quando comecei a ler e vi que estava ambientado nos tempos atuais, me senti um pouco frustrada, por conta da idéia que havia formado que encontraria nestas páginas. Na verdade, El silencio de la ciudad blanca até está em alguns capitulos narrado em tempos passados, nos anos 70, mas a história em si é bem diferente do que eu havia imaginado.
Criei na cabeça a idéia de uma versão espanhola de Jack, o Estripador. E embora o ardiloso psicopata deste livro até tenha um lado sombrio ao estilo de Jack, de resto não há nada de semelhante entre uma história e outra.
Além disso, o livro demora pra prender. A escrita de Eva Garcia é carregada de detalhes históricos, dados e fatos sobre a cidade de Vitoria. Pra quem como eu, que não conhece a cidade e nem é familiarizado com as lendas e culturas de lá, a leitura pode ser curiosa mas também pesada porque o leitor se sente sobrecarregado de informações. São tantos lugares, monumentos e lendas que me senti cansada e perdida em muitos momentos, e a investigação demora pra se desenrolar, apesar de os crimes continuarem ocorrendo e sempre termos algumas surpresas, senti que tudo ocorria de maneira lenta, e Ayala, junto à sua companheira Estíbaliz de Gauna, parecia estar andando em círculos, sem descobrir nada.
Até a metade senti a leitura cansativa, e mesmo quando o leitor é transportado ao passado, conhecendo os passos de Blanca Días de Antoñana, a mãe dos gêmeos, fica dificil entender qual a relação entre os dois fatos e se sentir impressionado pela narrativa. Apenas depois da metade, quando o passado e o presente se encaixam e a gente vai entendendo o que culminou com os crimes cometidos, a trama se torna mais vivaz.
O que mais gostei foi a personalidade de cada personagem, estão todos muito bem caracterizados e até mesmo o grande psicopata, quando revelada sua identidade, me impressionou, porque suas motivações e trajetória foram super bem explicados.
O protagonista, Kraken/Ayala, é bem carismático. Eu gosto dele porque é um personagem sofrido, viúvo que perdeu de maneira trágica a esposa e se refugia no trabalho para ocultar a dor de ainda estar de luto. Ayala se debate entre a maneira correta de agir e seus próprios erros e culpas, ao manter uma relação proibida e secreta com sua superior, a subtenente Alba Salvatierra.
Eu gosto desse lado dúbio do Ayala, ele tem um lado mais sombrio, até egoísta e expõem ao leitor seus sentimentos mais errôneos. Ao ser uma espécie de "herói" da trama, é interessante notar suas imperfeições.
Sua parceira de investigação, Estíbaliz, consegue ser ainda mais interessante. O pai tem Alzheimer, o irmão é um traficante obsecado por misticismo e esoterismo, e ela mesma tem problemas por abuso de drogas, ainda assim se torna querida para o leitor e fundamental no desenrolar da história.
O mérito da autora foi ter criado um caso bem único, apavorante e original, eu não consegui sequer deduzir a identidade do assassino, e as várias reviravoltas do caso cada hora apontavam para um lado, isso foi bem inesperado e surpreendente. Ainda assim, não foi um primeiro livro que me deixasse um impacto profundo ao ponto de me fazer seguir lendo os próximos da trilogia.
Concluindo...
A trama de El silencio de la ciudad blanca é requintada, super elaborada, e por isso, é o tipo de livro para aquele leitor realmente habituado com suspenses mais lentos, que se firmam nos detalhes e tardam em revelar o mais bombástico. É aquele livro para se degustar com paciência, com um enredo inteligente, bem trabalhado, mas que pode ser pesado dependendo do momento. Apesar do carisma fascinante de seus protagonistas, o excesso de informações da ambientação se torna um problema em certo momento da leitura. Mesmo assim, o mistério é mantido até o final e a surpresa com a revelação do assassino faz esta primeira parte ser digna de se considerar um bom livro policial.
Eva García Sáenz de Urturi nasceu em Vitoria, na Espanha, no ano de 1972 e desde os seus quinze anos de idade vive na cidade de Alicante. Se formou em Oftamologia e durante uma década ocuppou vários cargos dentro do setor óptico. Hoje em dia trabalha na Universidad de Alicante, além de dar cursos. Casada e mãe de duas crianças pequenas, durante três anos se dedicou em escrever seu primeiro livro: "La saga de los Longevos". Sem o apoio de uma editora, decidiu se autopublicar na Amazon, fez sua própria web page e se dedicou a divulgar ela mesma o seu trabalho. Contando com a ajuda apenas de seus próprios leitores que a recomendavam entusiasmados, "La saga de los Longevos" se tornou rapidamente um fenômeno literário nas redes sociais espanholas, superando best sellers internacionais.
Web Page Oficial: http://www.evagarciasaenz.com/
Twitter: Eva García Sáenz Urturi
"Compreendi que a dor também une as pessoas, talvez mais do que as alegrias já que estas, como bons ingratos que somos, nos esquecemos mais rapidamente".
"Às vezes o tempo que marca o calendário não tem nada a ver com o tempo mental ou emocional que cada um vive por dentro".
Eva García Sáenz de Urturi nasceu em Vitoria, na Espanha, no ano de 1972 e desde os seus quinze anos de idade vive na cidade de Alicante. Se formou em Oftamologia e durante uma década ocuppou vários cargos dentro do setor óptico. Hoje em dia trabalha na Universidad de Alicante, além de dar cursos. Casada e mãe de duas crianças pequenas, durante três anos se dedicou em escrever seu primeiro livro: "La saga de los Longevos". Sem o apoio de uma editora, decidiu se autopublicar na Amazon, fez sua própria web page e se dedicou a divulgar ela mesma o seu trabalho. Contando com a ajuda apenas de seus próprios leitores que a recomendavam entusiasmados, "La saga de los Longevos" se tornou rapidamente um fenômeno literário nas redes sociais espanholas, superando best sellers internacionais.
Web Page Oficial: http://www.evagarciasaenz.com/
Twitter: Eva García Sáenz Urturi
Nos lemos,
Alice
Oi Alice, gosto de reviravoltas, sempre deixa emoções, mas é bom saber que tem bastante informação pra gente se preparar!
ResponderBorrarBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi, Alice
ResponderBorrarMenina, fiquei muito curiosa para saber a lógica desses crimes, do porquê eles irem aumentando a idade das vítimas de cinco em cinco anos, realmente é algo bem original.
Eu gosto de ler tramas que se passam em lugares diferentes e até gosto de receber informações sobre o lugar em questão, mas dependendo da maneira fica muito pesado mesmo, vira um excesso que deixa de ser prazeroso.
Eu não conhecia a autora nem o livro, mas mesmo com as suas ressalvas eu fiquei curiosa!
Beijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com
Gostei da resenha Alice. Thriller policial é um dos meus gêneros favoritos e aprecio livros que se passem na Espanha (mesmo não conhecendo o país). Entretanto, o excesso de detalhes que você descreveu me deixou um pouco receosa. Beijo!
ResponderBorrarwww.newsnessa.com
adorei conhecer esse livro, to querendo ler mais esse tipo de thriller policial ainda mais a história bem escrita como vc descreveu
ResponderBorrarwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
É uma pena que a leitura não tenha te prendido a tal ponto de te fazer querer prosseguir na leitura da trilogia. Enquanto lia a resenha, também imaginei que fosse algo ambientado na época dos casos de Jack mesmo mas quando tu falou que era nos dias atuais, perdeu um pouco o "brilho" pra mim kk mas curto muito esse estilo, porém não sei se leria por agora. Como tu disse, é bom mas não marca a gente, então vou empurrar um pouco o inicio da leitura rs
ResponderBorrarAbraço,
"Parágrafo Cult"
Oi, Alice!
ResponderBorrarA premissa é bem interessante, uma pena que a escrita deixa a desejar por ser muito densa. Não seria o tipo de leitura que eu escolheria no momento.
Beijos
Construindo Estante || Promoção de aniversário do blog
Oi, Alice! Apesar de ser um livro mais "perturbador" digamos, do que eu costumo ler, tinha ficado bastante interessada. Uma pena que a autora deixou a narrativa pesada. Já é uma história difícil de ler né, afinal crimes são sempre acontecimentos que nos deixam apreensivos.
ResponderBorrarTinha tudo pra ser uma história legal :(
Estante Bibliográfica