(Review 273) - Sky in the deep - De repente, no último livro

16 de abril de 2019

(Review 273) - Sky in the deep

Título original: Sky in the deep
Autor: Adrienne Young
Editora: Wednesday Books (USA) / Puck (Espanha)
Páginas: 315
Ano de Publicação: 2018 (EUA) 
Gênero: Fantasia Histórica / Vikings
Valoração: 
Goodreads / Amazon / Skoob 

Eelyn foi criada para ser uma guerreira, ela luta junto aos seus companheiros de clã em uma disputa ancestral contra o clã rival, os Riki. Sua vida é brutal, mas simples: lutar e sobreviver. Até o dia em que vê o impossível no campo de batalha: seu irmão, que havia falecido há cinco anos atrás. Tendo que enfrentar a traição de seu irmão, ela terá que passar o inverno nas montanhas com os Riki, em uma aldeia onde cada vizinho é um inimigo, e cada ferida de batalha deles, é uma ferida que ela pode ter causado. Mas quando a aldeia Riki é atacada por um outro clã cruel e lendário, Eelyn se sente ainda mais desesperada para retornar à sua aldeia. Não resta outra alternativa a não ser confiar em Fiske, o amigo de seu irmão, que a considera uma ameaça. Juntos, eles tentarão fazer algo impossível: unir os dois clãs para lutar juntos contra esse terceiro rival ou correr o risco de todos serem assassinados em breve. Motivada pela fidelidade ao seu clã e pelo crescente amor que sente por Fiske, Eelyn deve enfrentar sua própria definição de lealdade e de família, enquanto deve arriscar-se depositando sua confiança naqueles que odiou durante toda a sua vida.


Minha opinião:


Eu nunca li nada que envolvesse vikings e quando li a sinopse de Sky in the deep quis conferir a história imediatamente. Além disso, o livro tem boa valoração no Goodreads e, considerando-se que esta é apenas a estréia da autora Adrienne Young, valia muito a pena conhecer a jornada da protagonista.

Eelyn é uma garota de dezessete anos que cresceu de maneira nada convencional. Ela pertence ao clã dos Askas, e foi treinada para lutar e guerrear contra os seus maiores rivais, os Riki, uma batalha que se estende há gerações, movida por diferenças religiosas, onde ambos os lados ainda sofrem as perdas de seus entes queridos.
Quando Eelyn está no meio da batalha, ela quase morre pelas mãos de um dos Riki, mas este é impedido por outro companheiro misterioso, e quando Eelyn consegue visualizar seu rosto descobre que seu salvador misterioso é ninguém menos que seu próprio irmão Iri, quem ela acreditava estar morto há cinco anos. A verdade é que Iri se uniu aos Riki, e os adotou como sua nova família, e agora, tomada como prisioneira, Eelyn será obrigada a sobreviver na aldeia de seus rivais, e lidar com um irmão que para ela é um traidor. 
Eelyn é levada para a casa de Iri, para viver como escrava da familia que o adotou. Entre os membros da familia se encontra Fiske, o melhor amigo de Iri, que também deverá aprender a baixar a guarda para aceitar a presença da garota que pertence àqueles que sempre considerou seus maiores inimigos.
Quando a aldeia dos Riki é atacada pelo violento clã dos Herjas e praticamente dizimada, Eelyn descobre que seu povo, os Askas, também foram atacados pelo mesmo inimigo. Agora, com ambos os clãs dizimados e contando com poucos sobreviventes, eles terão que superar as diferenças e se unir, para se vingar do clã assassino que atacou a ambos. E Eelyn, junto com Fiske, deverá retornar para sua aldeia, para propor uma trégua duvidosa que jamais existiu e para fazer seu próprio povo entender a traição de Iri. 

Primeiramente, a premissa é ótima, é um livro que prende muito, com uma narrativa em primeira pessoa bem ágil, que permite ao leitor praticamente devorar o livro até o final. 
Mas, e sempre tem um mas, houveram alguns detalhes que não consegui engolir.
O personagem de Iri, o irmão de Eelyn, ganhou toda a minha antipatia, não me lembro de ter detestado tanto um personagem nestes últimos meses como detestei Iri. Achei suas razões tão covardes e egoístas! Se o clã de Eelyn fosse mal, se seu pai fosse um tirano, até poderia entender a traição de Iri, mas como não havia esse tipo de argumento, achei sua atitude super injusta, ele deixou as pessoas sofrerem e chorarem por 5 anos sem sequer se importar, praticamente descartou a própria família sem nem pensar em procurá-los alguma vez, sei lá, pra mim isso soou tão negativo que peguei birra eterna do personagem e torci contra ele o tempo todo. Guri ingrato, mimado e estúpido, todos os ingredientes que detesto em qualquer tipo de personagem. 

Quanto à Eelyn, até gostei de sua atitude durona no começo, mas aí ela vai afrouxando, se apaixona e se torna mais do mesmo no que conhecemos de personagens femininas. Claro que ela tinha que sofrer uma mudança, porque a história precisa andar, mas... achei que suas lealdades começam a vacilar bem rápido, de maneira brusca e como já estava enojada do comportamento de Iri, ver Eelyn ameaçando enveredar por quase o mesmo caminho foi meio frustrante pra mim.

O romance tampoco foi emocionante. Eu gostei de Eelyn e gostei de Fiske... separados. Juntos eles não tinham química, o amor brotou do nada e se desenvolveu de maneira precipitada, parecia que eles simplesmente estavam se deixando levar. Não sei, os sentimentos que eles clamavam sentir não me pareceu convincente, especialmente quando relembrava que a trama se passava no espaço de algumas poucas semanas apenas.

Não consegui conectar com nenhum personagem. Eu gostei de Eelyn no começo, mas achei que conforme se apegava aos Riki se tornava típica e previsível demais. Ao final do livro eu confesso que já estava pouco me lixando pra o que aconteceria com ela... ou Fiske.
Iri então nem se fala, como já disse, torci contra ele, esperei por uma espécie de redenção no personagem, algum ato de arrependiimento, mas parece que o guri realmente estava fadado a entrar no meu hall dos odiosos. 
Pra dizer a verdade houveram apenas dois personagens que eu gostei, me importaram muito e me fizeram sofrer e torcer por eles. Foram Myra, a melhor amiga de Eelyn e o pai de Eelyn. Uma pena que ambos sejam bem secundários, mereciam maior destaque pois são bastante interessantes, aliás a amizade que une Eelyn e Myra foi bem mais tocante do que o romance na trama.

As cenas de batalha foram grandiosas, mas o final foi tão apressado! Sério, os momentos onde a autora poderia ter profundizado mais, trazido à tona toda cultura dos vikings e sua reputação em batalhas lendárias foi desperdiçado, e o final foi um sopro, daqueles que deixa o leitor até um pouco confuso de tão simples que foi tudo. Foi simplesmente dentro do esperado, não houve riscos por parte da autora e senti falta de surpresas, de emoções intensas que sempre acompanham o final dessas histórias.

Concluindo...

Sky in the deep oferece uma narrativa rápida e gostosa que nos deixa querendo ler mais obras da autora, pois se nota seu talento na hora de criar histórias. A premissa, inspirada nos vikings é mega original e a ambientação que nos situa em aldeias primitivas e inverno intenso é bem desenvolvida. No entanto, tantos outros detalhes já citados me impediram de desfrutar da obra 100% e, embora tenha sido uma leitura satisfatória, ficou também a sensação de uma história que poderia ter sido mais bem aproveitada, mais empolgante e com um desfecho que merecia ser mais vibrante do que realmente foi.


"Eu continuei limpando seus rostos, enquanto Fiske vendava as feridas que haviam sofrido durante o ataque. Nunca, durante toda a minha vida, havia pensado nos Riki como crianças pequenas. Somente havia conhecido os rostos ferozes dos guerreiros deles, durante as batalhas. Mas agora eles começavam a ter um passado, um nome e uma alma para mim".

 
Adrienne Young nasceu e cresceu no Texas, mas atualmente vive na Califórnia. É amante da boa comida, com um profundo amor por histórias e viagens e um vicio por café. Adrienne vive com seu marido, um documentarista, e suas quatro mascotes na Costa Oeste. Quando não está escrevendo, Adrienne está em suas aulas de yoga, conhecendo antigos contos de fábulas velhas, bebericando vinho em algum jantar, ou simplesmente paseando por algum de seus museus de arte favoritos.

Web Page Oficial: http://adrienneyoungbooks.com/

Twitter: Adrienne Young



Nos lemos, 

Alice

10 comentarios:

  1. Oie!

    Nossa, eu também nunca li nada sobre vikings, parando pra pensar agora! Mas eu devo dizer que cheguei a rir com você falando do quanto odiou o personagem. Meu deus, já peguei alguns personagens assim, que sentia ódio só de ver ele em cena.
    Fico triste que a autora tenha apressado o final e não explorado direito :( Quem sabe o próximo livro de vikings não seja melhor, né? Hhahaha

    Beijos,
    Caverna Literária

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  2. Oi Alice!
    Parece bem original, de fato, mas nao sou muito chegado em fantasia historica e menos ainda e mitologia viking, entao infelizmente nao me animo muito.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

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  3. Oi, Alice!
    Também nunca li nada que envolvesse vikings e até queria ler esse, mas esse lance de virar mais do mesmo me desencantou um pouco.
    Deveria ser proibido personagens femininas se apaixonarem nas histórias de fantasia. Quase sempre elas perdem sua personalidade.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  4. Oi Alice
    Que pena que a história não te convenceu com os personagens. Já é mais um livro que tem a capa linda mas a história deixa a desejar. A premissa realmente é muito interessante mas os clichês de personagens sempre acabam com o brilho. Não leria infelizmente.
    Beijo!

    http://www.capitulotreze.com.br/

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  5. Oi Alice! Nunca li nada de vikings também e achei a premissa interessante, mas os pontos falhos mencionados me deixaram receosa com a obra. Uma pena o casal não funcionar também. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  6. Acho que também nunca li nada com vikings, mas acredito que iria me incomodar um pouco com a personalidade de Eelyn. Odeio quando a protagonista inicia a história empoderada e cheia de atitude e quando aparece um romance, muda completamente.. Me revolta demais hahaha. Mas acredito que daria uma chance pra leitura <3

    Sai da Minha Lente

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  7. Oii, tudo bem?

    Que capa mais maravilhosa!Eu adorei a premissa, amo toda essa coisa de luta de clãs e tudo o mais. Mas que pena que a trama tem todas estas falhas. Acho bem péssimo quando a mocinha começa forte e com um discurso ótimo mas vai ficando super diferente por causa de macho.
    Eu amaria as cenas de batalhas, mas é uma pena que a autora não tenha conseguido aproveitar essas cenas muito bem.

    Beijinhos!!

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  8. Olá!! :)

    Eu confesso que nunca tinha ouvido falar deste livro, mas seria algo que me poderia agradar... Bem, pelo menos ate ler a tua resenha!

    Enfim, e uma pena que, mesmo com a cena de batalha tao grandiosa, as personagens nao tenham conseguido cativar!

    Boas leituras!! ;)
    no-conforto-dos-livros.webnode.com

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  9. Oi, tudo bem? Eu gosto desse tipo de narrativa, acho empolgante, mas talvez eu também tivesse ressalvas como as suas. Honestamente, eu acho que essas histórias perdem muito quando colocam um romance, porque geralmente a história desanda hahaha. Não leria, porque sua resenha me deixou mais desanimada do que animada, mas gostei de saber sobre o livro. Achei a capa muito linda!

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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  10. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia esse livro ainda, mas confesso que não me interessou muito. A premissa não me atraiu muito e, pelo que percebi da sua resenha, acho que muitas coisas me incomodariam. Não gostei de saber que a protagonista vai afrouxando ao longo do livro e que o final foi apressado.
    Adorei sua resenha, mas, apesar de você ter achado uma leitura gostosa, vou passar a dica desta vez.
    Beijos!

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