(Review 216) - Yellow Brick War (Dorothy must to die #3)

Nesta terceira parte da série Dorothy tem que morrer!, Amy Gunn se encontra presa entre sua casa e Oz. Os tornados devem ter alguma coisa contra as garotas do Kansas, porque, da mesma maneira que Dorothy, Amy também foi arrastada por um. Amy aterrizou em Oz, onde o bem está enfeitiçado, os bruxos são bons e os malvados lhe encomendaram uma missão: Assassinar. É que a única forma de impedir que Dorothy destrua Oz (e também o Kansas) é matá-la. E Amy é a única que pode fazer isso. Mas Amy falhou, e muitos morrerram por causa de seus erros. Por sua culpa, o portal entre os dois mundos foi aberto, e agora ela deve encontrar o modo de fechá-lo. Dorothy quer liquidr qualquer possibilidade de que Amy possa voltar à casa. Agora chegou o momento crucial para Amy: deverá se unir às Bruxas, lutar por Oz, salvar o Kansas e impedir de uma vez por todas a malvada Dorothy. 

Yellow Brick War, a terceira parte de Dorothy tem que morrer conseguiu me prender mais do que a segunda parte. Além disso a série, ao meu ver, adquire um ritmo mais ágil do que na segunda parte, já que teremos a participação de mais personagens e novas facetas serão reveladas dos personagens que já conhecemos.

Um grande diferencial desta terceira parte é que aqui há uma mudança na ambientação. Enquanto na primeira e na segunda parte tudo esteve centrado em Oz, nesta terceira parte veremos uma grande parte da história sendo ambientada também em Kansas e o leitor conseguirá saber por fim o que aconteceu com a mãe de Amy Gunn após o tornado e também com outros de seus colegas de escola. 

Aliás, dois personagens que apareceram na primera parte, Dustin, o galã da escola por quem Amy nutria uma certa paixão e Madison Pedleton, a abelha rainha que perseguia Amy, terão maior destaque nesta continuação. Por certo, a participação maior destes dois personagens deu um novo tom à trama e eu gostei bastante da maneira em como eles foram novamente inseridos na história e em como evoluíram ao longo dos capítulos. O mesmo pode-se dizer com relação à mãe de Amy.

Também voltam os velhos e conhecidos personagens, como a grande vilã Dorothy, sua malvada aliada a bruxa Glinda e também todos os peculiares personagens da Ordem dos Malvados, incluídas as Bruxas (de quem ainda não confio totalmente).

O romance entre Amy e Nox nesta terceira parte torna-se mais maduro. Ambos parecem estar mais conscientes de seus sentimentos, mas também estão mais conformados com a missão que devem cumprir e com as consequências desta escolha. 

Tive sentimentos encontrados com Amy apenas. Como protagonista ela é bastante contraditória. Por um lado eu gosto que ela não seja exatamente uma boa moça. Amy é egoísta, arrogante, rancorosa. Ela não quer perdoar, e está disposta a pensar apenas em si mesma, e isso significa que se for preciso magoar à todos os que estão ao seu redor para cumprir com seu desejo de permanecer em Oz, ela assim o fará. Às vezes Amy pode ser e atuar de maneira muito parecida à Dorothy. Acredito que a autora tenha traçado essa personalidade em Amy de maneira até mesmo proposital, já que durante o livro há várias referências sobre as tendências que Amy teria para tornar-se vilã caso fosse corrompida pela magia de Oz ou o elo misterioso que mantém com Dorothy. Por um lado, aprecio que seja uma protagonista com esse lado mais vulnerável, que vacila entre o bem e o mal, e que não seja inteiramente perfeita e previsível, uma espécie de mártir instantânea. No entanto, às vezes, o egoísmo e a indecisão de Amy me irritavam um pouco.

A narrativa de Danielle Paige é sempre muito original. A ambientação sempre será um dos pontos fortes da série. A autora é extremamente convincente ao retratar-nos o mundo de Oz, e os detalhes que descreve ao leitor são muito fascinantes. No entanto, a trama em si dá muitas voltas, fica confusa em diversos momentos. Há "reviravoltas" muito previsiveis e algumas atitudes dos personagens, assim como algumas das explicações oferecidas, simplesmente não encaixam completamente.

O final foi previsível. A autora tentou finalizar a história com um cliffhanger dramático, que nos deixasse arrepiados esperando pelo livro final. Porém, durante os últimos capítulos, o leitor pode facilmente intuir o que virá à continuação e quando o tão "aguardado" desfecho ocorre o leitor acaba finalizando a leitura se sentindo entendiado, já que é complicado ler três livros de uma saga que começou de maneira tão promissora e chega perto de seu final como uma história cheia de altos e baixos, capaz de emocionar e de aborrecer em igual proporção.

Web Page Oficial: http://daniellepaigebooks.com/

Twitter: Danielle Paige

Alice