(Review 129) - El Asesino Indeleble

Talvez tenha sido o destino que me conduziu aonde estou neste mesmo instante. Ou talvez sejam os designios do Senhor em sua sentença, e meu tempo de existência haja chegado ao fim, quem sabe. Nem apenas posso garantir que as leis cósmicas de retribuição, causa e efeito do karma nem tenham tido nada que ver com isso. Tampouco posso responsabilizar única e exclusivamente a maldade em si mesma como sentimento, pois apenas a maldade em si, sem a inestimável ajuda do homem, carece da força necessária para causar tanto dor. O mais racional, sem dúvidas, seria pensar em motivos menos místicos, e lançar toda a culpa nas coincidências ou mesmo na sorte. Ou inclusive eu poderia me aventurar, porque não, em culpar ao ocultismo ou a bruxaria como a razão pela qual este pequeno povo entre as montanhas parece ter sido lançado em trevas. Mas, que importa o "quem" quando já nada mais importa? Que importa o "como"quando tudo parece haver se tornado nada mais do que uma simples trivialidade? Qual é a origem disso tudo? Qual é a sua motivação? A única coisa que posso intuir é de que não sairei com vida desse encontro que me aguarda. Jamais senti a capacidade de desejar morrer, de permitir que uma tristeza sem fim se apoderasse de mim com tamanha força, e jamais senti a angústia que estava sentindo agora diante da porta que me separava do perverso destruidor de almas inocentes. O "Assassino Indeleble" conseguiu me tirar tudo. E agora eu estou disposto à dar as costas para o juramento que fiz, lançar meu distintivo no abismo, apenas para ter o prazer de ver-lhe pagar por seus próprios pecados.