(Review 324) - White Hot Kiss (Dark Elements #1) - De repente, no último livro

21 de septiembre de 2019

(Review 324) - White Hot Kiss (Dark Elements #1)

Título original: White Hot Kiss (USA) / El Beso del Infierno (Espanha)
Autor: Jennifer L. Armentrout
Editora: Harlequin Teen (USA) / Plataforma Neo (Espanha) 
Páginas: 408
Ano de Publicação: 2014 (EUA) 
Gênero: Fantasia Juvenil
Saga: The Dark Elements
1. White Hot Kiss 
2. Stone Cold Touch 
3. Every Last Breathe 
Valoração: 

Layla, de dezesseis anos, só quer ser normal. Mas com um beijo que pode matar a qualquer um que tenha uma alma, ela é qualquer coisa menos normal. Metade demônio e metade gárgola, Layla tem habilidades que ninguém mais possuí. Criada entre os Guardiões, - uma raça de gárgolas que tem a missão de caçar demônios e manter a humanidade a salvo -, Layla tenta encontrar seu lugar, mas isso significa esconder seu lado sombrio daqueles que mais ama. Especialmente do charmoso Zayne, um Guardião de quem Layla está apaixonada desde sempre. Quando menos espera, Layla conhece Roth, um demônio sexy e tatuado que alega cnhecer todos os seus segredos. Layla é consciente de que deveria permanecer longe desse garoto, mas há algo que a impede... especialmente quando descobre que com ele seus beijos não são mortais, já que Roth não possuí uma alma. Porém, quando Layla descobre que ela é a razão de um perigoso levante demoníaco, confiar em Roth não apenas pode arruinar suas chances com Zayne... Poderia transformá-la numa traidora diante de toda sua "família". E ainda pior: levá-la a uma viagem sem volta ao fim do mundo.


Minha opinião:


Eu não tinha nenhum plano de ler esse livro. Ele não estava na minha TBR e nem me chamou a atenção quando o vi pela primeira vez, no bom e muito útil Goodreads. Entretanto, ele foi escolhido como leitura coletiva de Fantasia do mês em um grupo no qual participo e eu acabei decidindo me arriscar porque, apesar de não ser nem um pouco fã de livros sobre demônios, a autora é Jennifer L. Armentrout e eu gosto muito da escrita dela. 

Apesar de White Hot Kiss ter sido uma leitura rápida, leve e fresca, inclusive chegando a me surpreender em seu desenvolvimento da parte sobrenatural, encontrei também uma porção de clichês que parecem se repetir nas séries fantásticas da Armentrout. Alguns clichês que me deixam saturadíssima. 

Temos a protagonista que parece ser tão normalzinha e nem representa perigo algum, e então, do nada, se torna o centro de todo o universo, a mais especial de todas as criaturas, disputada a ferro e fogo obviamente por dois monumentos. Sim, porque não basta ser um mocinho gente boa e bonitinho, tem que ser um deus grego, com barriga tanquinho, rosto de capa de revista, daqueles que fazem todas as mulheres ao redor babar... 
E, como você já sabe, tem que ter DOIS interesses amorosos: o bonzinho, irmão de criação, ombro amigo de todas as horas e o rival: misterioso, sarcástico e cheio de humores. 
Esse triângulo típico onde um é o bom moço, o outro um bad boy e a mocinha é o patinho que se descobre cisne já se tornou repetitivo demais na literatura juvenil, e como se não bastasse Armentrout basicamente nos apresenta um instalove ainda mais típico. Sim, porque basta a mocinha e o bad boy apenas se olharem pra ocorrer aquele impacto nível nuclear.
Isso matou muitos diálogos, que inclusive chegavam a se tornar absurdos. Imagina fugir de um apocalipse zumbi e no meio disso parar pra admirar os bíceps do amado. Ou fugir de uma horda assassina de demonios e ainda ter tempo pra se beijar intensamente em algum beco escuro_ Acreditem ou não temos situações desse nível e foi tremendamente surreal e enjoativo.

O bom é que nem tudo é romance. Temos uma parte sobrenatural bem desenvolvida, que fez a história ganhar alguns pontos pra mim. 
Embora eu não goste e praticamente nunca leia livros sobre demônios, achei que Armentrout soube transformar sua trama em uma história atraente para o leitor, pois ela usa e abusa de vários elementos que, mesmo que não fossem novos, ficam bons na sua narrativa. 
Achei apenas estranho os heróis da vez serem gárgulas. É original com certeza, mas para o leitor é dificil visualizar gárgolas como grandes heróis e gárgolas que se transformam em humanos lindíssimos (porque todo mundo é beldade aqui). Era um pouco grotesco ver a protagonista narrando como os dois mocinhos se transformavam em um grande demônio e em uma grande gárgola respectivamente e, pasmem, ela achava tão lindo! Sei lá, achei raro, sabe quando a idéia não cola_ Pois é, a idéia de gárgolas ultra hot não colou pra mim (tampoco demônios).

O ponto mais positivo é com certeza a narrativa da Armentrout. Falem o que quiserem, ela sabe escrever um livro e prender a gente, mesmo que a história tenha suas falhas. Armentrout escreve diálogos cheios de sarcasmo e ironia, que transmitem leveza e jovialidade, ela é perfeita escrevendo juvenil justamente porque sabe criar personagens adolescentes com suma naturalidade, sem torná-los caricatos ou forçados demais, embora o excesso de hormônios da protagonista (ora babando em um, ora fantasiando com outro), irrita até o infinito.

O final foi mega trágico, aquele final esperado em livros da autora, quando ela parece segurar todo o suspense e todo o drama para as últimas páginas e de repente derrama tudo na cabeça do leitor de uma vez, transformando os últimos capítulos em uma montanha russa de reviravolta e ação.

Concluindo...
Apesar dos detalhes positivos que encontrei em White Hot Kiss, não senti aquela vontade insuportável de seguir lendo a série e acompanhar Layla e seus amores, aliados e inimigos até o final de suas jornadas. Diria que é um princípio de trilogia muito bom, mas que por vezes cai numa abordagem juvenil demais, insistindo em muitos clichês que me desanimaram durante a leitura.

"O encarei com um olhar inexpressivo e depois nos olhamos um ao outro, de maneira incômoda. Tudo havia mudado entre nós, embora eu não pudesse definir o momento exato em que havia acontecido, e nem tinha certeza do que isso significava realmente".



"Me perdi por completo no momento em que te encontrei".

Jennifer L. Armentrout, também conhecida como J. Lynn, é autora #1 do New York Times e do USA Today e best seller internacional, além de ter conquistado vários prêmios e um dos seus livros ser considerado o melhor do ano em ficção YA pela YALSA.
Vive no oeste da Virginia. Quando não está escrevendo, ela passa seu tempo lendo, trabalhando, vendo filmes de zumbis, e fingindo escrever. Ela divide sua casa com o marido, um parceiro K-9 chamado Diesel, seu hiper Jack Russell Loki, e sua tartaruga de estimação chamado Michelangelo. Seu sonho de se tornar autora começou na aula de álgebra, onde ela passou o tempo escrevendo contos. Jennifer escreve livros adultos e Jovens adultos, fantasia e romance.


Web Page Oficial:

Twitter: Jennifer L. Armentrout



Nos lemos, 

Alice

5 comentarios:

  1. Oi, Ivy como vai? Que pena que a leitura por vezes não tenha satisfeito você completamente, de qualquer modo me parece uma obra interessante, apesar dos clichês inseridos na trama eu o leria pois gosto do gênero. Ótima resenha, abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Olá, Ivy.
    Vi que a resenha é da Alice mas acho que quem vai ler os comentários agora é você hehe. Eu passei tanta raiva com a Saga Lux que nem quero ler mais nada do gênero da autora. E lendo a resenha já vi que tem tudo o que desgosto em um livro hehe.

    Prefácio

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  3. Olá, tudo bem? Eu amei a saga Lux e com certeza quero ler essa!!! Eu amei real a premissa e já estou torcendo para o livro chegar ao Brasil, se eu não ler em inglês antes né ahahaha
    Um beijo.

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  4. Esse lance dos heróis serem gargulas também me surpreendeu! Fiquei chocada que a principal é metade demônio e metade gargulas. A maioria costuma colocar metade humano/metade outra coisa kkkkk fiquei um pouco decepcionada com os pontos negativos da repetição de enredos, mas eu nunca li nada de fantasia dessa autora então talvez funcione comigo.

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  5. Mulher do céu, consegui sentir tua frustação aqui com esses clichês, porque também é a minha. Gostei da sua resenha e da sua sinceridade.

    Beijos,

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